O termo homossexual significa “do mesmo sexo”. Pessoas que se interessam sexualmente por indivíduos do mesmo gênero são chamadas de homoeróticas. O termo “homossexual” não é mais adequado nesse contexto, assim como se usar o termo “opção sexual’ também não. Um homoerótico não escolhe ser gay, ele apenas é orientado (pela sua própria existência), a ser o que é. O termo correto é, portanto ”orientação sexual”.
Desde que o mundo é mundo o homoerotismo existe. A diferença é que ele pode ser aceito ou não pelas diversas sociedades. É a cultura que determina sua marginalização ou não.
Na antiguidade a beleza dos corpos masculinos era valorizada entre os homens, que acabavam seduzidos uns pelos outros e se entregavam às paixões homoeróticas de corpo e alma. Assim aconteceu em Esparta, Alexandria, Roma e Atenas (entre outras). Uma peculiaridade da cultura grega da antiguidade é que o interesse entre os homens advinha da valorização da sua capacidade de pensar. Acreditava-se que as mulheres eram inferiores porque não tinham essa capacidade, portanto se destinavam apenas para a reprodução. Em algumas ilhas do pacífico, o primogênito (desde que seja homem) é educado com hábitos femininos (vestimentas, funções e posição social), e orientação sexual homoerótica. É normal e natural que se case com um homem.
Na história da medicina sabe-se que até pouco tempo homoerotismo era classificado como doença. Constava inclusive no código internacional de doenças. Hoje já não mais. A ciência sabe que o homoerotismo não é uma doença e luta para aceitação de sua normalidade.
Os homoeróticos (masculinos ou femininos), são pessoas como qualquer outra que nascem, adoecem e morrem como qualquer um. Nossa sociedade torna suas vidas mais difíceis e dolorosas pelo preconceito.
O processo de descoberta e aceitação da própria sexualidade é muito mais conturbado no gay. Sua sexualidade é primariamente proibida. A aceitação da realidade de seus sentimentos é conflituosa e muitas vezes negada por muito tempo. Todo esse conflito leva ao aparecimento de doenças psíquicas como depressão, ejaculação precoce, disfunção erétil, anejaculação, vaginismo, dispareunia, entre outros.
O importante é saber que a felicidade vem do exercício pleno dos direitos dos indivíduos. Nesses se inclui o pleno exercício da sexualidade seja ela qual for. A aceitação pessoal é o primeiro passo para se conquistar o orgulho de viver.