Crescemos achando que a virilidade é uma entidade muito frágil e volátil. Criamos regras e indícios para estar sempre medindo se ela está lá, no seu lugar certo. O problema é que nos afastamos da nossa realidade humana e nos decepcionamos com o desempenho: “Antes, bastava eu ver uma revista de mulher nua para ter uma ereção. Agora, isso ñ acontece! O que está havendo comigo?!” Parece que temos que ter sempre o mesmo comportamento e empolgação diante dos motivos femininos; qualquer variação é um mau sinal que leva a busca incessante por uma falha, que ñ existe, mas vai nos deixando inseguros e frustrados! Aí é uma cascata: vamos cada vez mais se afastando daquilo que nos estimulava por medo de falhar até nos vermos tomando comprimidos azuis para enfrentar uma mulher! É, ao invés de curtir a mulher, passamos a enfrentar! Dura realidade! Ao invés de sabermos que com o tempo vamos adquirindo mais experiência, tornando a empolgação adolescente em amadurecimento sexual, queremos nos comportar como eternos, ansioso e imaturos adolescentes.