Um amigo meu de infância, o Carlão, levantou esta questão importante em seu blog (catloslavieri.blogspot.com), e achei legal comentar sobre o assunto. Vamos lá.
Primeiramente gostaria de fazer algumas definições. O termo homossexual significa dois indivíduos do mesmo gênero, ou seja, qualquer grupo de homens é homossexual e qualquer grupo de mulheres também, independente de sua orientação sexual. Existe uma confusão de gênero relacionada ao significado da palavra homossexual. Sendo assim temos: homossexual, relacionado a pessoas do mesmo gênero (masculino ou feminino), homoerótico, que diz respeito à orientação sexual e significa pessoas que se erotizam por outras do mesmo gênero.
Muito bem, sabemos hoje que a orientação sexual (se o indivíduo vai ser hetero, gay ou lésbica) é algo que nasce já definido. O sexo primário é o feminino. A forma de pensar (estrutura cerebral) do cérebro do feto é sempre feminina até a 6° semana de gestação. Entre a 6° e a 8° semana de gestação, se este feto for do sexo masculino (XY), ele receberá uma quantidade de testosterona (hormônio masculino) que diferenciará a estrutura cerebral de feminina para masculina. Sendo assim, este cérebro agora passa a pensar como homem (gosta de futebol, cerveja, falar besteira, churrasco). Pode acontecer de a quantidade de testosterona não ser o suficiente para diferenciar totalmente o cérebro, não alterando a orientação sexual do cérebro feminino. Dessa forma, teremos o nascimento de um indivíduo do gênero masculino, mas com orientação igual a da maioria das mulheres, ou seja, ele vai gostar do que a maioria das mulheres gosta: de homens.
O mesmo acontece com as meninas que entre a 6° e 8° semana de gestação recebem testosterona em níveis maiores do que normalmente deveriam receber. Nascem com a orientação da maioria dos homens: gostam de mulheres.
Sendo assim, não há “cura”. Este conceito é preconceituoso, pois se está falando em cura se pressupõem que o indivíduo tem alguma doença. Quem é doente é a sociedade que criou uma regra que todos devem respeitar sem levar em conta a natureza do humano. As pessoas nascem heterossexuais (maioria), homoeróticas (gays e lésbicas) e transexuais (minoria) e ponto final. Todos têm de aceitar isso!