A quantidade de pessoas que sofrem com este problema é absurdo! Chega a ser um assunto de saúde pública! Aqui em São Paulo, chega a atingir um em cada quatro indivíduos adultos sexualmente ativos. Ah! Por sinal o nome correto agora é ejaculação rápida (ER).
Mas voltando à pergunta que intitula esta postagem, temos que lembrar que os animais são ejaculadores rápidos, e no processo de evolução chegamos a prolongar a atividade sexual, o que nos exige mais controle. Mas como e por quê? Simples.
A prática da copulação exige entrega por ambas as partes. Quando um par se entrega um ao outro, não consegue prestar a atenção naquilo que ocorre à sua volta, tornando-se vulneráveis aos predadores. Então, a cópula é rápida, pois o ambiente é ameaçador.
Quando a evolução chegou ao chimpanzé Bonobo, a cópula passou de instintiva à verdadeira entrega: relação de frente ( tipo “papai e mamãe”), o que predispõem que o par confia um no outro, pois a primeira ameaça é o próprio parceiro(a). Foi aí que aconteceu o olho no olho e um se viu como fonte de prazer ao outro.
Do Bonobo para o homem as coisas só pioraram, pois nosso raciocínio nos trouxe o senso de responsabilidade pelo prazer do outro, o querer ser amado, aceito, além do medo de ser rejeitado. Assim, um se responsabiliza pelo prazer do outro e o medo de falhar nessa missão transforma o sexo em um motivo ansioso, ameaçador, inóspito, o que faz com que o indivíduo ejacule logo para sair desta situação de risco. É, nosso subconsciente interpreta tal situação como vulnerabilidade e nos defende ejaculando rápido ( tirando daquela situação), garantindo a nossa integridade individual e a perpetuação da espécie ( pois a fêmea pode engravidar). Podemos concluir, então, que situações de risco emocional são tão perigosas quanto às de risco físico.